" Mário Palma e Jorge Araújo protagonizaram alguns dos melhores duelos na década de 90 do basquetebol português. O primeiro era o líder do SL Benfica, enquanto que o segundo defendia as cores do FC Porto e foi o grande responsável por destronar os encarnados do topo do basquetebol nacional.
Estas duas grandes figuras estiveram afastadas do basquetebol nacional nos últimos anos, mas recentemente voltaram a estar ligados à modalidade no nosso país, desempenhando cargos na Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB). Mário Palma é o Seleccionador Nacional, enquanto que Jorge Araújo é o Presidente da Assembleia Geral da FPB.
Com o jornal A Bola a ser o veículo para mais uma discussão no basquetebol português, Jorge Araújo publicou uma série de considerações sobre o estado do basquetebol em Portugal, dando ainda a sua opinião sobre a participação portuguesa no Eurobasket da Lituânia. No passado Sábado, também no jornal A Bola, Mário Palma deu uma entrevista onde falava sobre as palavras de Jorge Araújo, criticando as informações passadas pelo seu antigo adversário e dizia, inclusive, que o antigo treinador do FC Porto só teria condições para se demitir do seu cargo de Presidente da Assembleia Geral da FPB.
Na sequência destas trocas de opiniões, o referido jornal volta a dar conhecimento de novo episódio, referindo que Jorge Araújo terá pedido ao Conselho de Disciplina da FPB para avaliar a entrevista de Mário Palma a fim de saber se a mesma será passível de processo disciplinar.
Quais serão as cenas do próximo episódio?" (texto de Miguel Tavares in Basketpt.com)
Algo vai mal, realmente, na FPB. Nas duas entrevistas há situações com as quais concordo. Já noutras!!!
Entre muitas afirmações Jorge Araújo afirma que devia ter sido ouvido na escolha do seleccionador nacional. Porque havia de ser? Há alguma nova função nos eu cargo de Presidente da AG da FPB que lhe dá essa premissa?
Mário Palma vem a terreiro e responde a tudo, interferindo também em áreas de gestão da Direcção da FPB.
Espanta-me, pois, que Mário Saldanha, responsável máximo pela FPB, não tenha tomado qualquer posição pública sobre o assunto e a colocar os "pontos nos is". Se a presença de Portugal no EuroBasket servia para alavancar a modalidade, não haja dúvida que estas duas entrevista foram no sentido contrário. Até parecem encomendadas... CG