
É gratificante ver o interesse que este Espaço BasketCoimbra vem a despertar junto dos gostam desta modalidade.
Quais os objectivos para a época em curso?
Os objectivos para esta época são sensivelmente os mesmos que na época anterior. Em primeiro lugar garantir a qualificação para os playoff e depois jogar jogo a jogo esperando ir o mais longe possível.
Um plantel pode sempre ser melhorado mas posso garantir que tenho um grupo fantástico a todos os níveis. Um conjunto de atletas que faz grandes sacrifícios para treinar e jogar mas que têm uma alma enorme e muita mesmo muita qualidade. Este ano reforçamo-nos com o regresso do Magalhães ex UDO, e com alguns atletas vindos da AAC ao abrigo do protocolo (Bruno Cunha, Bruno Bernardino, Guilherme Silva, Pedro Figueiredo e Leonardo Santarino).
O protocolo celebrado com a Académica constitui uma mais valia para estes dois emblemas. Para o Sport que vê a sua equipa reforçado com atletas jovens, com grande potencial e com vontade de vencer no clube para posteriormente poderem vencer na equipa profissional da AAC. Por outro lado para a Académica é uma oportunidade de ver os seus atletas evoluir, aferindo ainda melhor das capacidades destes jovens mediante o seu desempenho em jogo.
Que mensagem quer deixar aos simpatizantes do Sport?
Gostaria de ver novamente o Pavilhão da Palmeira repleto de gente nos jogos do clube. É com muito agrado que vejo nos derbies com o Olivais uma moldura humana bem interessante, reavivando memórias antigas. O Sport está vivo e a renascer, agora com um possível projecto de minibasquetebol, mas para além disso precisa do apoio dos seus associados, particpando de uma forma cada vez mais activa na vida deste centenário clube. Venham ajudar-nos a crescer ainda mais.
Na minha experiência de 20 anos de jogador de Basquetebol sempre existiram mais e menos simpatias da minha parte por determinados árbitros. Achava que havia 2 ou 3 árbitros que quando arbitravam jogos em que eu participava, me perseguiam, não iam com a minha cara e não gostavam de mim. Nesses jogos cometia sempre 5 faltas.Quando fui para árbitro percebi que as ideias e suposições que eu tinha interiorizado na minha cabeça como jogador não eram reais.
Um dia num jogo que eu estava a arbitrar e depois de eu ter marcado logo no 1º período de jogo e em jogadas seguidas duas faltas consecutivas ao mesmo jogador ele dirigiu-se a mim duma forma irritada e perguntou-me:
-Eh pá, tu não gostas mesmo nada de mim, pois não? Já é a segunda falta que tu me marcas, andas a perseguir-me?
Aconteceu nessa altura um pedido de desconto de tempo que salvaguardou três coisas: O jogo, o jogador e o árbitro.
O desconto de tempo ajudou-me a reflectir a refrear conduta mais agressiva e a combinar com o meu colega que se acontecesse nos próximos e largos minutos de jogo alguma falta cometida pelo dito jogador teria que ser ele a intervir independentemente da zona de responsabilidade de cada um de nós, pois eu já não lhe iria marcar mais nenhuma. As faltas se existissem não poderiam deixar de ser assinaladas. Mas o árbitro, esse sim, poderia ser outro a decidir.
A minha forma casual de actuar nas duas faltas seguidas, tinham dado a impressão ao jogador e ao seu treinador que eu queria pôr aquele jogador na rua rapidamente com cinco faltas prejudicando aquela equipa intencionalmente.
Nesse jogo e nesse dia aprendi duas lições:
1ª – A ideia que eu fazia dos tais 2/3 árbitros quando era jogador não estava correcta. Agora estavam a bater à minha porta…
2ª – No futuro nunca mais tive problemas de relacionamento com aquele jogador. Consegui chegar ao fim do jogo sem lhe marcar mais alguma falta…
Um abraço e não se esqueçam que o vosso próximo jogo é o mais importante que se vai realizar no País…
PS – Ah, já me esquecia de vos contar o resto da história daquele jogo. O jogador não cometeu 5 faltas, a equipa dele perdeu o jogo e no fim ele e o treinador vieram cumprimentar-me cordialmente.
António Coelho
O CAD Coimbra agradece ao António Coelho a disponibilidade e o profissionalismo demonstrado na eleboração deste artigo."
Estas duas grandes figuras estiveram afastadas do basquetebol nacional nos últimos anos, mas recentemente voltaram a estar ligados à modalidade no nosso país, desempenhando cargos na Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB). Mário Palma é o Seleccionador Nacional, enquanto que Jorge Araújo é o Presidente da Assembleia Geral da FPB.
Com o jornal A Bola a ser o veículo para mais uma discussão no basquetebol português, Jorge Araújo publicou uma série de considerações sobre o estado do basquetebol em Portugal, dando ainda a sua opinião sobre a participação portuguesa no Eurobasket da Lituânia. No passado Sábado, também no jornal A Bola, Mário Palma deu uma entrevista onde falava sobre as palavras de Jorge Araújo, criticando as informações passadas pelo seu antigo adversário e dizia, inclusive, que o antigo treinador do FC Porto só teria condições para se demitir do seu cargo de Presidente da Assembleia Geral da FPB.
Na sequência destas trocas de opiniões, o referido jornal volta a dar conhecimento de novo episódio, referindo que Jorge Araújo terá pedido ao Conselho de Disciplina da FPB para avaliar a entrevista de Mário Palma a fim de saber se a mesma será passível de processo disciplinar.
Quais serão as cenas do próximo episódio?" (texto de Miguel Tavares in Basketpt.com)
Algo vai mal, realmente, na FPB. Nas duas entrevistas há situações com as quais concordo. Já noutras!!!
Entre muitas afirmações Jorge Araújo afirma que devia ter sido ouvido na escolha do seleccionador nacional. Porque havia de ser? Há alguma nova função nos eu cargo de Presidente da AG da FPB que lhe dá essa premissa?
Mário Palma vem a terreiro e responde a tudo, interferindo também em áreas de gestão da Direcção da FPB.
Espanta-me, pois, que Mário Saldanha, responsável máximo pela FPB, não tenha tomado qualquer posição pública sobre o assunto e a colocar os "pontos nos is". Se a presença de Portugal no EuroBasket servia para alavancar a modalidade, não haja dúvida que estas duas entrevista foram no sentido contrário. Até parecem encomendadas... CG
"O Ginásio assegurou o concurso de mais dois jogadores para a equipa sénior que vai disputar o Campeonato da Liga.
Francisco Destino, base de 22 anos, é oriundo do Barreirense e jogou nas duas últimas épocas na Académica de Coimbra.
George Osereme, extremo-poste de 22 anos, 2.06 metros de altura, há perto de quatro anos residente em Portugal, representando o Clube Desportivo da Póvoa. De nacionalidade nigeriana, constitui a excepção à regra desta época, desejando conseguir logo que seja possível a nacionalidade portuguesa.
No sábado, a equipa deslocou-se a Sangalhos para um jogo com características de treino, integrado na apresentação das várias equipas do Sangalhos Desporto Clube, tendo vencido por 52-50" pode-se ler no comunicado divulgado pelo Gabinete de Imprensa do Ginásio Clube Figueirense.
O árbitro conimbricense de 1ª categoria nacional, vai estar presente de 24 de Setembro a 4 de Outubro na 3ª edição INAS Global Games. Esta é uma prova onde os jogadores participantes, de todos os países, são portadores de deficiencia mental ou fisica e traduz-se numa enorme oportunidade para que estes atletas mostrarem as suas potencialidades.
Não é a primeira vez que o Diogo Morais colabora nestas iniciativas, relembre-se que na época passada de 14 a 21 de Novembro de 2010, este árbitro participou no 6º Campeonato do Mundo de Basquetebol INAS-FID.
(texto e foto retirado do sítio do CAD)
Carlos Gonçalves, delegado dos Clubes do distrito de Coimbra na Federação Portuguesa de Basquetebol, promovr hoje a reunião entre os Clubes e Gaspar da Silva, presidente do Conselho de Arbitragem Distrital.
Na carta enviada aos Clubes pode-se ler:
Nesta Reunião-Debate pretende-se discutir e analisar, bem como trocar sugestões, sobre a realidade da modalidade e, em especial, a relação entre os Clubes e os Árbitros. É uma reunião de debate aberto, com a certeza, que no seu final sairemos mais fortes e unidos na defesa do basquetebol distrital."
No sítio do Ressalto.net Norberto Alves escreveu a sua última análise sobre o EuroBaskt, em que Portugal participou e a Espanha, pela segunda vez consecutiva, venceu:
"Acabou o europeu e Espanha ganhou. Normalmente ganham os melhores. E a selecção espanhola foi a melhor de um europeu caracterizado pela elevada qualidade do jogo praticado.
Assente num misto de disciplina táctica e de liberdade individual, Espanha foi a selecção mais consistente do campeonato. Tal como disse numa das minhas crónicas anteriores, não é difícil colocar a jogar juntos jogadores de qualidade elevada quando todos colocam os objectivos da equipa em primeiro lugar. Mesmo que pareçam incompatíveis. Olhando para a forma como Espanha ganhou, fica claro que não é obrigatório jogar com o 4 aberto, opção da moda actual. Mérito do treinador e dos jogadores da selecção espanhola.
Também foi evidente, as diversas formas de defender bloqueios directos, indirectos e os 1x1 do jogo actual. Só avisar os bloqueios e ter determinação é muito pouco. Espanha tinha a lição bem estudada por um treinador (Scariolo) que faz do scouting do adversário uma arma poderosa.
Claro que podemos sempre destacar Navarro ou Pau Gasol na selecção espanhola, mas, a qualidade deles ganha maior expressão quando quem os rodeia conhece bem o jogo, e sabe interpretar o seu papel.
As qualidades evidenciadas por estes dois jogadores devem ser referência para quem treina. Um é um jogador exterior e o outro um poste. Têm aspectos em comum apesar das diferentes posições onde jogam: versatilidade, grande força mental para assumir responsabilidades nos momentos críticos do jogo, intensidade e capacidade de finalizar acções de forma diversa. Parece-me bem falar em capacidade de finalizar e não de lançar porque, de facto, as soluções que usam para concretizar o objectivo ofensivo do jogo vão muito para lá das formas tradicionais de lançamento ensinadas.
Na minha opinião, observá-los (com atenção!) na sua especificidade deve ser preocupação dos treinadores, independentemente do nível ou escalão. Quem treina formação deve saber ”um mínimo alto de conhecimento táctico” como disse este ano no último Clinic Internacional de Formação em Cantanhede, um dos adjuntos desta selecção de Espanha (Ricard Casas). Porquê? Na minha opinião, porque devem ser as exigências do jogo actual ao mais alto nível que indicam o sentido a percorrer na construção dos jogadores.
Como já disse anteriormente, o bloqueio directo é a combinação táctica mais decisiva no basquetebol actual, mas não só. Constantes situações de bola à mão (com ou sem drible) no sentido de dar continuidade ao ataque sem perder agressividade, formas derivadas de passar (como exemplo o uso frequente dos passes em lob para os postes, nomeadamente após o desfazer do bloqueio directo). Grande capacidade de leitura do jogo e das reacções defensivas por parte de quem não tem a bola, dando espaço e reagindo aos 1x1 e aos 2x2 com uso dos bloqueios directos. Também observado a grande facilidade e diversidade de finalizar após penetração para o cesto (a famosa “bomba” de Navarro é o caso mais evidente).
Tendo acompanhado os clinics que a Escola Nacional de Basquetebol e as diligências da agora renovada ANTB, sei que estas preocupações com o jogo actual estão bem presentes na formação constante dos treinadores. E é fundamental que essa preocupação se mantenha. Como já disse, ninguém ensina o que não sabe. Se não querem saber de aprender, não devem querer treinar. Por respeito ao jogo e aos jogadores que desejam o melhor dos conhecimentos existentes.
Quando a observação do jogo mostra o caminho a percorrer, resta aos treinadores a opção de dedicarem (ou não…) o seu trabalho a este jogador “moderno”: intenso, versátil, inteligente a ler o jogo de 1x1 e de 2x2 com utilização de bloqueios, preparado para encestar fazendo recurso a uma variedade de finalizações e com a capacidade de assistir dentro ou para um jogador exterior quando a situação o exige. Se todos sabemos que não devemos queimar etapas na formação dos jogadores, devemos também saber que os nossos jogadores têm que passar por estas novas situações e o mais cedo possível. Se tal não acontecer, então esqueçam a possibilidade de enfrentar um dia com êxito estas equipas que jogaram o europeu. Isso será impossível.
A questão é: sabem e estão disponíveis os treinadores portugueses a treinar as “ferramentas” técnico-tácticas do basquetebol moderno? E acreditam nelas? E treinam-nas com a intensidade do jogo? Alguns, agarrados a ideias antigas, filosofam muito usando uma linguagem floreada destinada a impressionar os outros (nomeadamente os pais dos jogadores…). Filosofia barata quando os jogadores estão longe de aprender o que precisam.
Se continuarmos a treinar só o passe de peito e pouco mais, os dribles básicos e pouco mais, os lançamentos básicos e pouco mais, o 1x1 básico e um jogo colectivo básico (o famoso 5 aberto é bem exemplo disso), então é isso que os jogadores vão conseguir jogar. O básico. E pouco mais. Mas não é apenas isso, muito pelo contrário, o que o jogo actual exige. Goste-se ou não dele. Em Espanha começou-se à muito tempo atrás a treinar muito para além do básico. Sem floreados, com exigência.
Este europeu contou com a participação portuguesa. Para voltarmos a estar nestas competições, temos de evoluir a quantidade e qualidade do nosso treino. É necessário renovar uma geração de jogadores que deram muito à selecção. Mas, fundamentalmente é necessário trabalhar mais e melhor alterando práticas. Desde o minibasquete! Quantos anos serão precisos? Não sei. Mas é melhor começar já amanhã.
Deixar o meu obrigado ao Carlos Azevedo pelo convite para dar a minha opinião sobre o europeu e desejar boa sorte para o site Ressalto.net.
Norberto Alves"